Invista bem o seu dinheiro

O primeiro passo para investir bem é definir seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Você pode usar como referência o horizonte de tempo de até 1 ano como curto prazo, até 5 anos como médio prazo e acima de 5 anos como longo prazo. Fazer uma viagem pode ser uma meta de curto prazo assim como comprar um imóvel pode estar planejado para o horizonte de tempo de médio prazo. Acumular patrimônio para a independência financeira é uma meta considerada de longo prazo. 

Os produtos de investimentos possuem características de risco e retorno que variam com o tempo. Na medida em que você deixa seu capital aplicado por mais tempo, maior é o potencial de retorno. No entanto, maior também é o risco de variação ou de volatilidade deste investimento. Por não termos a cultura de planejamento ainda sedimentada, não investimos bem porque nosso horizonte de tempo é de curto prazo, abaixo de 1 ano, e não temos familiaridade com o produtos de investimentos. Investimos através de produtos simples, principalmente usando como veículo a poupança. Não que a poupança seja um produto ruim. Mas não é o produto mais adequado para investir no longo prazo.

O segundo passo é fazer a reserva de emergência. A reserva de emergência deverá cobrir de 6 a 12 meses de seu gasto mensal. Esta reserva deverá estar aplicada em produto de fácil acesso, que pode ser resgatado imediatamente para cobrir imprevistos. O conceito de liquidez é basicamente o tempo de disponibilidade do dinheiro após a solicitação do resgate. Um produto com liquidez diária (mais líquido), significa que o dinheiro estará disponível no mesmo dia após solicitado o resgate. Há produtos que funcionam com liquidez de 30 dias e outros com liquidez acima de 1 ano (menos líquido). A liquidez é determinante na relação risco e retorno. Menor liquidez implica em maior retorno.

O terceiro passo é diversificar. Uma vez determinado o horizonte de tempo para seus objetivos, a diversificação significa distribuir seu dinheiro em classes de ativos diferentes. Esta é uma medida importante para ampliar o potencial de retorno e diluir o risco da volatilidade.

Cada classe de ativo reúne uma quantidade de produtos que têm características de funcionamento semelhantes:

- Renda Fixa: quando você investe em  produtos de investimentos desta classe, você já tem definido qual será a regra de retorno ou renda. A renda é fixa porque você já sabe que determinado investimento vai dar um retorno prefixado de X% ou irá render X% do CDI. Entre os produtos que fazem parte desta classe de ativo temos a poupança, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA, debêntures, títulos do Tesouro e fundos de renda fixa.

- Renda Variável: diferentemente da renda fixa em que retorno é definido, nesta classe de ativo não sabemos qual será o retorno. Dependendo do produto, pode haver a perda de todo o capital investido. Fazem parte desta classe de ativo as ações e fundos de ações.

A forma como seu dinheiro será distribuído entre os diferentes produtos em diferentes classes de ativos e ainda no horizonte de tempo (liquidez), dependerá de sua familiaridade e experiência com investimentos. Sua tolerância ao risco é feita através de pesquisa de perfil de risco que determinará se seu perfil de investidor é conservador, moderado ou agressivo.

Uma forma de diversificar seu investimento quando o capital ainda é baixo, é fazê-lo através de Fundos de Investimentos. Os Fundos de Investimentos são organizados na forma de condomínio em que o gestor aloca os recursos recebidos em diferentes produtos de renda fixa e/ou renda variável. Quando você aplica em fundos, você recebe cotas de participação com rendimento de acordo com a gestão do fundo. Cada fundo  possui uma política de investimento e, via de regra, os fundos são estruturados em Fundo de Renda Fixa, Fundo de Ações, Fundo Cambial, Fundo Imobiliário e Fundo Multimercado.

O quarto passo é acompanhar o desempenho de seus investimentos e, sempre que necessário, no quinto passo, ajustar a carteira através de rebalanceamento. Este processo é importante para manter seus investimentos enquadrados nas características de risco e retorno planejados. Na medida em que seu dinheiro vai se capitalizando e novos aportes são realizados, a tendência é que a carteira se desenquadre de seus objetivos. Por esta razão a revisão na alocação é importante. Referências (benchmark) como CDI, Ibovespa, Ifix e tantos outros são métricas utizadas para análise de desempenho.

Em resumo, os passos para investir bem são:

1. Defina seus objetivos

2. Faça sua reserva para cobrir emergências

3. Diversifique seu dinheiro em classes de ativos e nível de liquidez de acordo com sua tolerância a riscos

4. Monitore o desempenho de seus investimentos

5. Faça reabalanceamento sempre que necessário


Para investir bem o seu dinheiro, o primeiro passo é definir seus objetivos quantificáveis em termos de valor e horizonte de tempo. É importante fazer uma reserva de emergência de 6 a 12 meses de seu custo mensal para cobrir imprevistos. A partir deste momento você deverá alocar seu capital de acordo com o horizonte de tempo de sues objetivos. Deverá diversificar sua carteira em classes de ativos e nível de liquidez que respeitem seu nível de tolerância a riscos. E por fim, deverá monitorar o desempenho de seus investimentos e fazer rebalanceamento sempre que necessário.

 


Deixe um comentário

Newsletter