O que economia circular tem a ver com seu dinheiro?

Talvez você já tenha ouvido falar, mas não sabe exatamente do que se trata, ou até mesmo tenha praticado sem perceber. Mas não acha uma relação da economia circular com o seu dinheiro.


 


Vamos pensar primeiro em como funciona uma economia linear. Nós extraímos os recursos naturais, transformamos em produtos, consumimos e jogamos fora seus resíduos, certo?


 


Mas se avaliarmos, não existe jogar fora. Tudo vira resíduo que às vezes leva milhares de anos para se recompor. Por isso que tratar estes recursos, como também o nosso dinheiro, deve ser pensado. Porque agir como se se eles nunca fossem acabar, não funciona a longo prazo.


 


Trazendo um exemplo de como funciona a economia linear, vamos pensar no cimento, que é um recurso utilizado na construção civil. Este elemento advém de uma mistura da argila e do calcário, que são retirados da natureza e transformados para servirem em novas construções.


 


E aí eu te pergunto: será que são necessárias tantas construções novas, ao invés de uma avaliação previa do que já tem construído? A economia circular trata justamente disso, avaliar primeiro antes de começar a construir ou produzir com o intuito de não gerar desperdício.


 


Ela é uma alternativa na qual você extrai o máximo do valor que o produto tem, produzindo, consumindo, e depois reutilizado ou reciclando, fazendo assim que ocorra novamente sua entrada na cadeia de produção e consumo.


 


Este conceito começou a ganhar relevância porque existe uma preocupação do desbalanceamento do crescimento da população com o gasto dos recursos naturais a partir dos anos 60, que foi um marco no aumento do consumo.


 


A economia circular também trata de produtos que podem ser compartilhados ou alugados, como bicicletas, carros em grandes cidades.


 


E como isso pode ser feito? Uma das principais ações estão no uso de insumos circulares, como a energia ou a água, utilizando de uma forma que possamos recuperar e estender a vida do produto, incluindo ele novamente no mesmo processo de circularidade, após seu uso, reutilizando ou até mesmo transformando em outro produto.


 


Se observamos como o meio ambiente funciona, não encontramos resíduos, porque tudo o que parece descartado entra num novo início de ciclo, como restos de frutas que não são retirados para consumo e acabam se transformando em adubo. Tudo é constantemente metabolizado no ciclo de vida na Terra.


 


Este sistema pode ser usado por uma sociedade, e podemos também começar nas nossas casas, impactando inclusive as nossas finanças pessoais, com uma vida com menos desperdício, com mais aproveitamento do que se compra e consome, trazendo assim uma vida financeira mais equilibrada, sustentável, com melhoria de tempo, espaço e até mesmo qualidade de vida.


 


Às vezes, as soluções que parecem óbvias geram um passivo que não enxergamos. Por exemplo uma empresa que resolve demitir os seus colaboradores por conta de uma crise, sem fazer uma análise prévia do gasto que ela vai ter, não é a escolha mais racional.


 


Da mesma forma que um planejamento financeiro vai tratar do seu bem-estar utilizando todos os componentes da sua vida financeira de forma holística, a economia circular olha uma cadeia de produção como um todo, e não somente pensando no consumo final. E isso vai impactar a nossa e as próximas gerações a utilizarem os recursos do nosso planeta com menos desperdício.  


 

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