Como se aposentar com Tesouro Direto

Preocupado com a Previdência?


Saiba como se aposentar com Tesouro Direto - Veja mais em https://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2019/04/04/preocupado-com-a-previdencia-saiba-como-se-aposentar-com-tesouro-direto.htm?cmpid=copiaecola


 


Téo Takar


Do UOL, em São Paulo


 


 


Você sabe como acumular dinheiro para garantir uma aposentadoria confortável usando os títulos públicos do Tesouro Direto? Aprenda a combinar o tipo certo de título com o prazo que você tem até parar de trabalhar.


 


O país discute fazer uma reforma da Previdência e pode ficar mais difícil se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Por isso, é importante se organizar para garantir uma renda extra na velhice e depender menos da Previdência Social.


 


O Tesouro Direto é uma opção interessante para juntar dinheiro para a aposentadoria por ser um investimento simples, que você mesmo administra. Há uma boa variedade de títulos de longo prazo, e as taxas de juros são atraentes se comparadas ao rendimento da maioria dos planos de previdência privada oferecidos pelos bancos.


 


Antes, é preciso conhecer as características de cada título para saber quais são os mais adequados para acumular renda para a velhice.


 


Quais são os títulos disponíveis? 


 


Há basicamente três tipos de títulos públicos:


 


- Tesouro Selic (antiga LFT): Tem rendimento pós-fixado, ou seja, rende um pouquinho todo dia, com base na taxa Selic, que hoje está em 6,5% ao ano.


 


- Tesouro prefixado (antigas LTN e NTN-F): O rendimento é prefixado, você sabe na hora da compra quanto vai receber de juros no vencimento.


 


- Tesouro IPCA+ (antiga NTN-B): Sofre correção pela inflação medida pelo IPCA e paga mais uma taxa de juros, que também é conhecida no momento da compra.


 


No caso do Tesouro prefixado e do Tesouro IPCA+, os títulos têm outras duas subdivisões:


 


- Com juros semestrais: Os juros são pagos ao investidor a cada seis meses.


 


- Sem juros semestrais (também chamado de Principal): Os juros se acumulam e são pagos somente no vencimento.


 


Qual tipo de título escolher para a aposentadoria?


 


O Tesouro IPCA+ sem pagamento de juro semestral, também conhecido como NTN-B Principal, é o título mais indicado para quem deseja acumular recursos para a aposentadoria. 


 


"É um papel de longo prazo cuja principal vantagem é garantir a reposição da inflação ao longo do tempo independentemente do que aconteça, ou seja, ele preserva o poder de compra. Além disso, ele paga uma taxa de juros real [acima da inflação] muito boa, hoje na casa dos 4% ao ano", disse Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).


 


Qual prazo de vencimento escolher?


 


Atualmente, o Tesouro Direto dispõe de três prazos de vencimento para títulos do tipo Tesouro IPCA+ sem juro semestral: 2024, 2035 e 2045. Ou seja, você pode escolher entre um papel que vencerá daqui a cinco anos, outro que vencerá em 16 anos e um terceiro com vencimento em 26 anos.


 


"O ideal é você combinar o vencimento do título com a expectativa que você tem de se aposentar", disse Castro.


 


Se você vai se aposentar daqui a 30 anos, a escolha é relativamente simples: compre o papel com o vencimento mais longo disponível, que é o Tesouro IPCA+ 2045. Se a sua previsão de aposentadoria é daqui a 20 anos, você precisará fazer uma combinação entre os títulos disponíveis mais próximos desse prazo: 2035 e 2045.


 


"Vai precisar fazer um mix. Investir um pouco no título de 2035, que vai garantir a sua renda por seis anos, entre a aposentadoria [em 2039] e o vencimento do outro título [em 2045], e o restante aplicar no título que vence em 2045", afirmou Castro.


 


A mesma lógica vale para quem vai se aposentar daqui a dez anos. Nesse caso, seu investimento deve ser distribuído entre os títulos com vencimento em 2024 e 2035.


 


Quanto da minha renda devo investir?


 


Segundo os especialistas, não há um "número mágico". Eles recomendam que você separe entre 10% e 20% da renda atual para montar sua previdência. Conforme sua renda aumentar, mantenha a mesma parcela para essa finalidade.


 


Quanto antes você começar, mais tempo terá para acumular. Dessa forma, o seu esforço ao longo da vida será menor, e o volume acumulado na aposentadoria, maior.


 


Por outro lado, se você decidir juntar dinheiro apenas a partir dos 50 anos, terá que destinar praticamente metade da renda, e ainda corre o risco de ver seu padrão de vida cair na aposentadoria.

Deixe um comentário

Newsletter