Estou endividado, e agora?

Acredite ou não, é possível sair desta situação, tomando consciência o quanto antes que é necessário um bom planejamento, paciência e mudanças de hábitos ou rotinas para colher bons resultados.


 


E o endividamento, em conjunto com fugas emocionais, falta de planejamento e educação financeira, têm levado mais de 65% dos brasileiros a se endividarem com cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações e financiamento de carros e imóveis.


 


Segundo a última pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) que é realizada pela Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e tem o objetivo de diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor brasileiro, o primeiro semestre de 2021 encerrou com quase 70% das famílias brasileiras endividadas. 


 


Isso não quer dizer que as dívidas estejam em atraso, mas significa que o brasileiro está precisando de mais crédito para conseguir honrar seus compromissos financeiros. E deste percentual, ainda existem as famílias que se tornam inadimplentes por não conseguir pagar.


 


Muitas famílias estão recorrendo a créditos para manter o consumo no mesmo patamar de itens que estão inflacionados como alimentação, energia elétrica e medicamentos, aliado a insegurança no mercado de trabalho e falta de acompanhamento das finanças pessoais.


 


E o que pode ser feito para sair desta situação?


 


Primeiro é necessário fazer uma reflexão do motivo que levou a pessoa a contrair um crédito. Qual foi a razão? Foi para adquirir um bem, para alavancar um negócio, perda de renda, pagamento de contas? Ou o endividamento ocorreu para comprar coisas que podiam esperar? Faça primeiro esta análise para diminuir o risco de quitar estas dívidas e depois contrai-las novamente. Será importante para uma mudança trazer para a consciência estas informações.  


 


Agora, será necessário fazer um levantamento do total das dívidas, por tipo de produto, e elencando primeiro as que possuem os juros mais altos para serem negociadas primeiro, e as que possuem maior desconto para quitação e antecipação.


 


Após este levantamento, ficará mais claro as dívidas que devem ser avaliadas primeiro, e será importante também você definir um valor limite para começar a sua negociação, e assim não assumir um compromisso que não poderá pagar. Seja conservador neste momento, porque novos imprevistos podem acontecer.


 


Sabendo quais dívidas quer negociar, e o limite que pode dispor pra pagar, você poderá entrar em contato com seu credor com os argumentos prontos para uma negociação, ou até mesmo considerando uma portabilidade de crédito para outra instituição que possua taxas e negociações melhores.      


   


É hora também de olhar para o seu orçamento, pois levantando as suas entradas e saídas ficará mais claro identificar para onde efetivamente está indo seu dinheiro, e estipular metas de ajustes, redução ou até cortes de alguns itens de consumo por um período. 


 


E para isso você pode espaçar alguns itens inflacionados na sua rotina de alimentação, trocar de marca, estipular limite mensais para os gastos essenciais e sociais, vender itens que não tem mais utilidades, ou até mesmo fazer negociação de assinaturas mensais.


                                            


Sair da contabilidade mental neste momento vai te deixar mais consciente para deixar as suas dívidas e orçamentos controlados neste período.


 


E ter consciência de para onde seu dinheiro está indo no presente vai te auxiliar a planejar uma construção de reserva e atingimento de seus projetos para o futuro.


 

Comentários

Denise 13 de September, 2021

Boas dicas, Daniela, Se todos fizessem esses pequenos passos, com certeza teríamos um número muito menor de inadimplência!

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